Conecta Futuro | 11 julho, 2025
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Automação sustentável ou exclusão automatizada?

A inteligência artificial e a automação estão transformando a forma como produzimos alimentos, monitoramos florestas, gerenciamos energia e tomamos decisões ambientais. Mas à medida que algoritmos assumem papéis centrais em sistemas críticos, uma pergunta inquieta especialistas, educadores e cidadãos: quem decide os critérios da “eficiência ambiental”? E quem pode estar sendo deixado para trás?

Automatizar o controle de irrigação, o descarte de resíduos ou a previsão de desastres naturais pode, sim, tornar o mundo mais sustentável — mas para quem? Muitas vezes, essas soluções são projetadas a partir de bancos de dados incompletos, sem considerar os saberes locais ou as desigualdades históricas.

Além disso, tecnologias “verdes” de alta performance costumam ser inacessíveis a pequenas comunidades, escolas públicas e regiões periféricas. Isso levanta dilemas éticos sobre justiça climática, vigilância ambiental e exclusão digital: corremos o risco de criar um futuro sustentável para poucos, e automatizado para muitos.

Provocação para refletir:

Pode existir sustentabilidade digital sem equidade social?
Quem audita os algoritmos que decidem o que é “ambientalmente correto”? Como educar para uma tecnologia que respeite o planeta — e as pessoas?

 

📌 Esta edição propõe mais do que respostas: ela convida ao diálogo crítico.
A sustentabilidade não pode ser apenas automatizada — ela precisa ser democratizada.